Em reunião realizada na tarde dessa sexta-feira, 29, o Conselho Superior da Faculdade da Amazônia-FAMA (CONSUP), deliberou e aprovou políticas internas de violência contra a mulher. A proposta feita pela Diretora Geral da Instituição, Prof.ª Ma. Patrícia Clara Cipriano visa seguir medidas adotadas similares a Ordem dos Advogados (as) do Brasil (OAB), que não emitirá a carteira da representação a bacharéis de direito com histórico de agressão contra mulheres.
De acordo com a Diretora Geral, é dever da FAMA estabelecer normas para contratação de funcionários para o quadro administrativo e docentes do sexo masculino que não tenham histórico de violência contra a mulher – seja física, psicológica ou sexual. A regra também se estenderá ao ingresso de estudantes do sexo masculino na Instituição.
A medida também busca coibir e não compactuar com o aumento da violência contra mulheres e casos de feminicídio. Segundo dados da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, enquanto 22 milhões (37,1%) de brasileiras passaram por algum tipo de assédio.
Uma pesquisa do site G1 mostra que aumentou o número de registros de feminicídio, ou seja, de casos em que mulheres foram mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero. Foram 1.173 mortes no ano passado.
Índices do projeto Monitor da Violência – também do G1 – mostram que Rondônia é o quinto Estado com maior índice de violência contra mulher e o terceiro em estupros, de acordo com o ranking nacional. Em feminicídio, Rondônia detém a terceira maior taxa em toda a Região Norte.